segunda-feira, 7 de junho de 2010

QUADRINHOS NA ESCOLA

Para o 1º bimestre de 2010, o professor Denis Basílio de Oliveira, planejou trabalhar com os alunos de 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental a linguagem das Histórias em Quadrinhos. No entanto quem desejar conhecer um pouco mais esse universo dos "Gibis", pode acompanhar o resumo que está sendo postado aqui ou esclarecer qualquer dúvida falando, escrevendo diretamente para ele ou deixando seu comentário aqui no final da postagem.


Introdução

A História em Quadrinhos é um meio de comunicação de massa disponível e acessível. Entendendo como esta linguagem atrai a atenção dos jovens, conhecendo os elementos estruturais e os recursos que ela dispões para transmissão de idéias, que de certa maneira não é simples, pois constitui um sistema narrativo composto por dois códigos que atuam juntos: o visual e o verbal, ocupando cada um deles um papel especial que garante o entendimento da mensagem, será possível utilizá-la como recurso didático na sala de aula.
A HQ é uma forma de comunicação de massa presente em quase todos os países. Desperta o interesse de centenas de milhares de pessoas, crianças, jovens, adultos, sociólogos, professores, antropólogos, historiadores, como uma grande manifestação artística, que atingiu maturidade gerando obras primas.
Nem sempre foi assim, em épocas passadas elas foram acusadas de estimular a preguiça intelectual e uma ameaça a literatura tida como séria.
Hoje, recebe mais a aceitação das elites, é aceita por suas características próprias analisada por sua especificidade e impacto na sociedade de consumo.
É usada para a transmissão de conhecimentos específicos, além de entretenimento.
Na união habilidosa das artes plásticas e da literatura, está o potencial expressivo desse veículo, que tem uma linguagem complexa de pensamentos, sons, ações e idéias, dispostas em seqüência lógica.
As HQs comunicam idéias e contam histórias por meio de palavras e figuras.



Objetivo

O Projeto História em Quadrinhos pretende mostrar as técnicas para a produção de Histórias em Quadrinhos.
O aluno conhecerá um pouco da sua história, os pioneiros, os personagens mais significativos em suas épocas, os principais estilos com: cômico, traço mais simplificado portanto mais fácil de realizar, pois com formas geométricas, é possível construir figuras; o estilo Super-Herói, criado e difundido pelos americanos, conhecido na maioria dos países está presente em quase todas as bancas de jornais e comix book shop nomes que estão na memória de muitos adultos e fazem parte da vida de muitos jovens ( Batman, Capitão América, Super-Homem, Mulher-Maravilha e muito mais); Mangá, estilo que ganhou a admiração dos adolescentes aqui no Brasil e está conquistando o mundo, é originário do Japão, país que mais produz HQ no mundo, dono de um traço inconfundível basta ver e falar de Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball Z ou Pokémon para perceber que não é novidade as crianças; tem também o estilo europeu conteúdo adulto, traços mais realistas, primor na qualidade gráfica em seus álbuns de luxo.
O aluno receberá noções de perspectiva, luz, sombra, composição, cor, trabalhará com bico de pena e pincel, estará envolvido com os elementos da narrativa gráfica, tipologia, enquadramento, planos ângulos, onomatopéia, linhas de movimento, cenário, diagramação, roteiro, criação de personagem, charge, Cartum, caricatura e tira. Atenção especial a construção da figura humana, cabeça, mãos, pés, corpo inteiro, ritmo, expressões fisionômicas, panejamento (estudo das dobras dos tecidos).
Será proposto a confecção de um Fanzine ao final do trabalho.
Este projeto visa utilizar a história em quadrinhos (HQ) como recurso didático na disciplina de Artes Visuais.
A HQ é um meio de comunicação de massa presente em muitos países, conhecido pelo público jovem que os lêem espontaneamente e de forma prazerosa.
Os conceitos das Artes Visuais estão embutidos nas páginas da HQ o que a torna uma ferramenta pedagógica capaz de promover uma discussão e reflexão das práticas e dos movimentos artísticos. Conhecendo sua história e traçando um paralelo com a história da humanidade, desde o tempo em que os homens se comunicavam utilizando desenhos e elementos gráficos para retratar suas aventuras pela terra. Para alguns já pode ser a primeira história em quadrinhos de que se tem notícia, passando pelos hieróglifos do Egito, até chegar a Revolução Industrial que foi uma alavanca necessária para a popularização, sem esquecer da invenção dos tipos móveis por Gutenberg em 1450, dando início a uma nova era da civilização.
O surgimento da HQ como conhecemos hoje é motivo de grande discussão e o Brasil está no meio para reivindicar a paternidade que, por enquanto, está sendo imposta pelos Estados Unidos da América, com o seu personagem “Yellow Kid” criado no ano de 1896. Para contestar, o Brasil tem um trabalho realizado por Ângelo Agostini chamado “Nhô Quim” produzido em 1869, portanto 27 anos antes e pode ser visto facilmente em bibliotecas ou adquirido em lojas especializadas, pois foi relançado em álbum de luxo, devido a sua importância histórica.
As HQ’s oferecem entretenimento, jogo, fantasia, informam, formam, educam, exercitam a criatividade, a imaginação é um incentivo a leitura, porque é uma mídia impressa como o livro e através do manuseio e do contato constante pode criar o hábito e uma intimidade que pode ser transferida para o livro.
As crianças gostam e curtem desenho animado e quadrinhos, justificativa e motivo para os educadores conhecerem e estudarem esta manifestação literária e artística que influencia, distrai e educa.
Sua própria estrutura de uma arte seqüencial é um capitulo interessante. As HQ’s unem texto e desenho; focando apenas um quadrinho, que é o principal elemento para compor a HQ encontramos várias linguagens distintas: o balão, o texto, as onomatopéias, as linhas representando movimentos, trajetórias, os personagens, a diagramação, as técnicas e os estilos. É um trabalho que pode ser feito individualmente ou em grupo.

Justificativa

É uma linguagem que utiliza texto e imagem, e isso amplia a compreensão de conceitos e conteúdos, são escritas em linguagem de fácil entendimento com expressões que fazem parte do cotidiano, usadas para transmissão de conhecimentos específicos além de entretenimento é reproduzida em larga escala, podendo ser encontrada em, praticamente, qualquer esquina onde se encontra uma banca de jornal, em livrarias, supermercados, não é essencial que as revistas em quadrinhos sejam obtidas em primeira mão (novas), elas podem ser adquiridas também em sebos (lojas que comercializam materiais usados), trocadas entre os colegas, ou mesmo recortadas de jornais.
Os PCNs recomendam seu uso, é aplicada pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo.
Seu domínio proporciona uma profissionalização. O desenhista de HQ pode trabalhar com ilustrador em editoras, agências de publicidade, no cinema com story board, criar seu próprio personagem, em jornais com tiras, na produção de desenhos animados, mercado que cresce a cada dia em virtude das facilidades tecnológicas.
A história em quadrinhos é uma manifestação artística reconhecida como a música, o teatro, o cinema, fotografia e tantas outras, surgida a mais de cem anos, permite que seus autores comuniquem e expressem questões científicas, filosóficas e artísticas, é uma forma de entretenimento e lazer de fácil compreensão e acesso.



Bibliografia


VERGUEIRO, Waldomiro; ANGELA, Rama; ALEXANDRE, Barbosa; PAULO Ramos; TÚLIO Vilela. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexo 2004.
CALAZANS, Flávio Mário de A. História em quadrinhos na escola. São Paulo: Paulus, 2004.

DIAMANTINO, da Silva. Quadrinhos para quadrados. Rio Grande do Sul: Bels, 1976.
LEILA, Rentroia Ianone; ROBERTO, Antonio Ianone. O mundo das histórias em quadrinhos. São Paulo: Moderna, 1996.
EISNER, Will. Quadrinhos e arte seqüencial. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
JACOBINI, Maria Letícia de Paiva. Metodologia do Trabalho Acadêmico. São Paulo, ed. Alínea 2004.
LUYTEN, Sonia M. Bibe. História em quadrinhos Leitura Crítica. São Paulo. Ed. Paulinas. 1984
CIRNE,Moacy A linguagem dos quadrinhos. Petrópolis, Ed.Vozes 1975
VASCONCELOS, Nanci Pereira de, Manual para edição de trabalhos acadêmicos. São Paulo, Ed. 2002
EISNER, Will. Narrativas Gráficas. São Paulo, Ed. Devir. 2005
BAGNARIOL, Peiro; BARROSO, Fabiano; VIANA, Maria Luiza; PORTELLA, Pedro. Guia ilustrado de graffiti e quadrinhos. Belo Horizonte, ed. Fapi. 2004.
McCLOUD, Scott. Reinventando os quadrinhos. São Paulo, ed. M. Books do Brasil. 2005





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